quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

doismilenove

OH MELDELS, acabou. INDABEM, que eu não agüentava mais! Lembro que no fim de 2007 eu disse que tinha sido out of the little house, mas só porque obviamente não tinha como saber o que seria esse raio de 2009.

Mas então, pra facilitar a coisa, resolvi ‘retrospectivar’ por tópicos, como por exemplo:

As músicas do ano 

Well... Só posso citar nomes, opinião e descrição fica difícil; segue a listinha:

Jennifer Rostock;
Muse;
Tom Felton;
Black drawning chalks;
Goo Goo Dolls;
Jamie Cullum;
Regina Spektor;

Isso pra falar de descobertas de intérpretes – nem todos novidade, mas alguns novos pra mim, ou simplesmente material novo; se fosse pra eleger títulos, aí o buraco é mais embaixo ainda. Porque engloba muitas versões de muitas pessoas pra muitas coisas, então acho que o importante é registrar o efeito que tanta música causou em mim. Tive trilha sonora pra todos os momentos, bons e ruins, e isso é uma sensação inigualável. Porque parece que mesmo quando não tem pra onde correr, vem uma musiquinha e te faz as vezes de Pollyanna, te impedindo de saltar do sexto andar.

Os livros do ano 

Well, foram tantos... Mas sem dúvida alguma, duas séries me fisgaram pra todo sempre: Harry Potter [sim, só li pela primeira vez aos 20 anos] e Crepúsculo. Foi tudo muito rápido e indolor [ok, nem tão indolor assim], e quando acabou fiquei com aquela sensação de ‘alguém anotou a placa?’. Potter eu reli, Crepúsculo falta coragem, porque a fila tá tãão grande... e a Bella é tão chata... então nem sei.

E foi também um ano favorável pra aquisições literárias. Não faço ideia de quantos, mas vários achados em sebos [close em Lee Child *-*] e muitas barganhas fizeram a minha alegria em 2009.

As pessoas do ano 

Nhaaa, tópico favorito! Antes de mais nada, as pessoas que entraram na minha vida esse ano, e significaram muito em algum momento dela:

Charlie,
Bruna;
Cinthia;
Kamila;
Fábio;

Mas claro que isso nem de longe exime os velhos escudeiros de seus pesos e participações: Débora, Carolina, Juliana, Nira. Só quem esteve lá sabe, seja lá onde ‘lá’ for, real ou abstratamente falando.

Anyway, a qualquer um desses nomes, não necessariamente nessa mesma ordem, só tenho a agradecer, pois talvez eu não tivesse conseguido sem vocês... ;)

As alegrias do ano 

Várias, apesar dos pesares:

O curso na Uptime; muito mais que o certificado [que na verde não saiu ainda, mas eu sei que vem], me trouxe pessoas inestimáveis;

O trabalho na biblioteca do Sapiens; conhecer novas pessoas, com o mesmo interesse que os teus, só acrescenta pra formação de qualquer um;

E falando em formação... Efetivamente é pra 2010, mas foi definido em 2009, então entra na lista: depois de quase dois anos, eu volto a trabalhar no meu habitat natural. E com o bônus ‘tempo-pra-fazer-coisas-novas’. Não poderia estar mais feliz!

E na verdade esse quesito engloba genericamente os anteriores e alguns não especificados, como filmes que assisti e lugares que visitei – especialmente Porto alegre, claro, duas vezes em um ano, cara! Viagem da faculdade já foi ótima, mas viajar sozinha, pra uma cidade que eu adoro, assistir Nenhum de Nós, rever um velho amigo e conhecer um novo definitivamente entrou no top 5 de acontecimentos do ano.

Ah, e o show da Jennifer Rostock, no Floripa Music Hall dia 8 de outubro. História pra contar pr'os netos [dos outros, provavelmente], simplesmente divino... transformou em meta de vida viajar pra Alemanha antes de 2012!

Balanço geral? 

Foi... Demorado. Demais. Não que minha noção de tempo seja das melhores, mas tem coisas que eu lembro e parece que aconteceram há três ou nove anos, e não meses. Partidas, chegadas, noites de alegria e álcool mescladas com solidão e lágrimas – e de volta à alegria, sempre. Montanha russa total. Talvez por isso eu não consiga ser mais específica ao falar de recomendações literárias e musicais: sobre a maioria das coisas, eu mal tenho certeza de que foi em 2009, e essa sensação de muito tempo passado deixa nebuloso demais as impressões que tive, fica difícil lembrar - ou reproduzir - com exatidão.

Mas pensando melhor... Quando se fala tanto em ano novo, acho que muda mais é a data escrita no topo dos cadernos, das cartas, no fim dos documentos oficiais, mas é tudo mais simbólico que qualquer outra coisa. Talvez as pessoas atribuam tanto significado por soar como a oportunidade de um novo diário, pois qualquer registro ou história terá uma divisão – simbólica, e talvez ‘divisão’ não se aplique tão bem quanto ‘diferenciação’. Acho que é isso, né?

Mas seja isso ou não, seja uma questão cósmica ou simplesmente de postura diante do novo, aproveitem, pessoas.

Um ótimo 2010 pra todo mundo =)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dissolving into Molecules

Cheguei em casa bem louca pra ver Ghost Whisperer, né; mas aí, a caminho da Sony, tropeço na TNT, e quem vejo? Jesse & Celine!!

Como é a vida, né? A caminho de casa eu vinha justamente pensando neles [especificamente no piti da Celine no carro, que tá passando AGORA], e concluí que siiiim, eu consigo assistir esse filme de novo, e ainda que isso nunca mais se repita na minha vida, eu continuo tããããão Celine... assim lucidamente desiludida, confiando em todos até a página 20 e me regenerando igual ao rabo da lagartixa depois da chinelada.

E poderia certamente continuar divagando sobre, mas agora vou ali ouvir A waltz for a night...



E um brinde:






Enjoy ;)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mau humor deixa as pessoas mais inteligentes

Tristeza também beneficia a memória, diz estudo 

O mau humor pode deixar a inteligência mais afiada. Pelo menos é o que sugere um estudo recente publicado na revista científica Australasian Science. Segundo o pesquisador responsável pelo estudo, o professor Joseph Forgas, a tristeza e o mau humor podem melhorar a capacidade de julgar diferentes fatos e também beneficiam a memória.

O estudo foi baseado em testes que manipulavam o encorajamento dos participantes, usando filmes e lembranças, tanto as positivas quanto as negativas. De acordo com o cientista, o estado de ânimo positivo beneficia a criatividade, a flexibilidade e o senso de cooperação. Já o mau humor deixa a pessoa mais focada e atenciosa, além de facilitar o pensamento prudente, aumentando o processamento de informação no cérebro e também a capacidade de argumentação.

***

Aqui a fonte da coisa.

Não tô levantando bandeira nem nada, é só que isso explica bastaaante coisa acerca do meu querido cérebro, né não?

Incrível como a cada dia que passa eu sinto menos culpa por existir desse meu jeitinho torto!! ;)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Estava eu a procurar na www um texto da tia Martha pra Deh, quando encontrei isso:

Tu eras também uma pequena folha que tremia no meu peito. O vento da vida pôs-te ali. A princípio não te vi: não soube que ias comigo, até que as tuas raízes atravessaram o meu peito, se uniram aos fios do meu sangue, falaram pela minha boca, floresceram comigo.


***


De uma anônima, mas que me deu uma invejinha deu, porque tem um baita quê de Neruda, então eu queria ter escrito isso.

Enfim.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Platonismo Intelectual

Muito tempo atrás, numa galáxia muito distante, no meu ano de caloura na Universidade, eu perdia uma tarde de domingo viajando em comunidades do Orkut sobre a Martha Medeiros. De repente, me deparei com um cidadão [sim, um homem que lê Martha! - só aí já ganhou pontos], digamos, instigante.

Faz tanto tempo que não lembro mais como o papo evoluiu, muito menos como acabei no blog dele - que não lembro o endereço, nem deve existir mais. Mas foi naquele dia que eu fiz o meu primeiro blog, inspirada pela Martha e pelo Fabrício Gimenes, que hoje escreve [majoritariamente] no São Botequim

Tá, tá bom. Todo esse discurso aleatório é só pra situar a crônica dele que me arrebatou hoje e não consigo não transcrever - sim, é pura rasgação de seda. Confiram:

***

Igual a tudo na vida
Fabrício Gimenes

Quantos amores a gente tem na vida? Para falar a verdade acredito em apenas um. Dois, com muita sorte. Há quem duvide desse sentimento e aposte na auto-suficiência como verdade. Mas, este que vos escreve, acredita bastante nessa história de "sentir-se completo". Até demais.

Mas o que é preciso para essa coisa estranha batizada de "amor"? Para começar, é preciso estar disposto. Derrubar as fronteiras entre um olhar e outro, entre possibilidades e ocasiões, entre o sim e o não. É preciso também ser forte o suficiente para acreditar que é fraco, e ter coragem para vencer o medo de sentir algo que nos deixe tão vulneráveis. É preciso a solidão para entender o que é o amor.

É preciso entender que há diversas formas de amar, e que todas elas são válidas. Mas, independente da forma ou razão, o segredo do amor está na simplicidade. Está na simplicidade em tratar os desastres como se fossem trivialidades, mas nunca tratar as trivialidades como se fossem desastres. Está na consciência de que, acima de tudo e de todos, está o próprio bem estar. Sem egoísmo ou egocentrismo, apenas cuidado. No que diz respeito a princípios, é preciso ser firme como uma rocha, mas no que se referir a gostos e preferências, o certo é nadar conforme a correnteza. Experimentar. Podemos aprender muito mais mantendo portas e janelas bem abertas.

É preciso saber explicar um sentimento em três palavras, ter confiança e respeito no dia-a-dia e não somente nas cartas e declarações. É preciso prática e paciência, afinal, quem aí já nasceu sabendo amar? Para ter o amor de verdade, é preciso ler as entrelinhas que nos cercam, pois nelas estão as respostas para nossas tão silenciosas perguntas. Para amar de verdade não é preciso urgência, pois com ela vem o desespero e a ilusão. 

O segredo do amor é a sua capacidade de camuflagem. O amor é simples. Ele se mistura à todas as coisas ao nosso redor. Por isso é preciso atenção em cada olhar, às vezes ele acaba se perdendo enquanto pegamos o próximo ônibus. Quem tem olhos que veja – já disse o velho e curioso Da Vinci. O amor é igual a tudo na vida.

*** 

Pois é. Quando vi o título, achei que ele só iria divagar sobre o filme homônimo do Woody Allen. Mas ele foi bem mais além... então acabei de promovê-lo à paixão intelectual - e platônica, claro, que Vitória dá mais de meia hora de helicóptero [né, Amy?].  Mas um dia, quando eu crescer, quero escrever bonito igual ele. ;)


domingo, 25 de outubro de 2009

Nada Fácil, cara!

Já dizia Humberto Gessinger, no CD mais cretino do rock gaúcho, o Tchau Radar, de 1999. Na mesma música (nada fácil, é o nome), ele completa: “reza a lenda que a gente nasceu pra ser feliz/que o crime não compensa e tudo conspira a favor”. Nem falo mais do destino e conspirações e tudo e tal né, que não é de agora que eu não boto mais fé nisso – hoje credito (muito) mais mérito à teimosia do ser humano, essa sim ultrapassa barreiras e, na medida do possível, faz as coisas acontecerem efetivamente. 

Mas mesmo assim, apesar das bem intencionadas teimosias, anda tudo tão desconfortavelmente difícil – ou “não fácil”, que seja. Dá trabalho ser gente grande, é o maior de todos, e justo esse tem a remuneração menos satisfatória considerando curto e médio prazo. Fora que, a longo prazo, nem todas as pessoas reconhecem o que se costuma chamar de recompensa pela vida que se levou. 

Pessimista demais, moi? Acho que só ‘pé no chão’, sem deixar Pollyanna me dominar e deturpar minha visão da realidade a enfrentar todos os dias. Porque, na minha humilde opinião, otimismo combina com tarde de domingo na varanda, não com transito caótico, violência desenfreada e onipresente e tanta desigualdade à tona. Por favor, levanta a mão quem consegue ser otimista quando o computador trava na hora de imprimir o relatório pra reunião que começou há dez minutos. Levanta, quero ver.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Descansacoraçãoaberto


Tão démodé isso de chorar com o computador no colo, na sala vazia depois da meia noite. Não tem ninguém me filmando, pra quem pra quem eu acho que tô expressando esse oco que me preenche, se liquefaz e me transborda os olhos?


Cansei de tanto procurar
Cansei de não achar
Cansei de tanto encontrar
Cansei de me perder...

...Hoje eu quero somente esquecer
Quero corpo sem qualquer querer
Tenho os olhos tão cansados de te ver
Na memória, no sonho e em vão;


Não, como diria Zélia, Vou tentar manter o coração aberto pra você, apesar dos outros, apesar dos medos, apesar dos monstros nos meus pesadelos...


Apesar dos trincos,
Apesar dos trancos,
Apesar dos dias repetidos que são tantos;


.
.
.


Não sei pra onde vou
Não sei se vou ou vou ficar
Pensei: não quero mais pensar
Cansei de esperar...


Apesar da chuva; Apesar da rua; Apesar da hora; Apesar dos pesares, das canções, dos lugares; Apesar dos meus pensamentos, dos perigos, dos próximos momentos:


Agora nem sei mais o que querer
E a noite não tarda pra nascer...
...
Descansa, coração, e bate em paz.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Estagnei

Assim, só um pouquinho. Quase nada, né? Porque não me sobra mais tempo/disposição pra me deter em frente a um computador [especialmente o meu] e escrever solto, mas em compensação ideias... sobram aos montes, sempre. Até sonho eu gravei, no meio da madrugada, porque se fosse escrever eu perderia metade. Aí, depois de gravar, eu ainda enchi duas folhas de caderno universitário - só não sei onde foi parar esse rascunho...
.
.
.
e as compositions que eu não crio vergonha na cara pra fazer, e os trocentos textos da faculdade que eu não leio, e as sínteses que eu não digito pra entregar, e a saudade da Débora e a falta que me faz aquele tempo em que eu via minhas melhores amigas todos os dias... tudo isso, vezenquando, pesa dolorosamente, e não há tônico que distraia dessas dores.

Porque de nada me adianta finalmente conseguir acordar cedo mas não dar conta do que ainda vai importar daqui a vinte anos; estágio acaba, faculdade acaba, mas não deixar um casamento desmoronar com o tempo - e conciliá-lo com amizades que desejo eternas - e escolher o melhor nome pra filha é... permanente? não sei se é bem essa a palavra, mas acho que é isso que me assusta, a permanência das coisas, especialmente de algumas das escolhas que a gente faz na vida...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eu não posso ter uma crise hoje. Minha agenda já está cheia.

Frase que surgiu no gadget do frasear.com do meu igoogle, segundo o site de autoria anônima; seja de quem for, traduz muito bem vários dos meus dias durante as semanas que, a cada ano que passa, me parecem mais alucinantes e por vezes até absurdas demais.

Mas essa eu só gostei pro título, por agora não tenho muito mais a divagar sobre ela. Ao menos não tanto quanto sobre uma de um tal Jules Renard, sobre quem pesquisarei só mais tarde. Apeteceram-me duas citações dele, inclusive; a primeira é uma simples verdade: Certamente há tempos bons e tempos maus, mas nosso humor muda mais freqüentemente do que nosso destino.

[e ontem à tarde, enquanto rascunhava esse texto, tocou a seta e o alvo na Itapema. Salvou minha tarde.]

Mas voltando à frase... Acho que dá pra extrair algo do tipo: destino até que existe, mas será que é tudo culpa dele? Vai ver somos nós quem “estraga” [ou melhora, por que não] as coisas, sem nem perceber. Quantas vezes não existiu algo que poderia ter mudado nossa vida [olha aí os planos do destino], mas deixamos de viver essa tal coisa por um mau humor aleatório? Olha agora a nossa parcela de culpa! Mas enfim, não digo aqui que todo mundo deve topar tudo, naquela onde de só se arrepender de não ter feito e coisa e tal. To só divagando, nada além. [Sim, justo eu, que sempre culpei o tal destino pelas coisas inexplicáveis que me acontecem. Mas agora admito que às vezes eu só não conheço a explicação ainda].

E eu falei que tinha uma segunda frase, não falei? É essa aqui ó: A felicidade consiste em ser feliz. Não consiste em fazer crer aos demais que o somos.
cri, cri, cri.

Depois dessa, ao menos no que tange a minha vida, não precisa dizer mais muita coisa, só que era o que eu andava precisando ouvir. Porque mesmo com a minha fértil imaginação, no fundo beeeem no fundo eu ainda tô feliz pra caraleo, então eu nem posso ter uma crise hoje...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Snapshot

Hoje eu saí do trabalho correndo, mas não deixei nada pendente, gracias. E quando atravessei o portão e apertei o passo em direção ao ponto de ônibus ainda não havia escurecido: era aquela claridade quente como quase oito da noite em horário de verão, e as gotículas de suor na minha testa me lembraram do final de 2008, dos dias em que eu voltava pra casa pela lagoa, geralmente usando uma regata leve e pensando no que hoje é minha realidade, mas na época só tomava mais forma de sonho a cada dia; na verdade acho muito curiosa essa minha suscetibilidade ao tempo, no sentido meteorológico da palavra. Se fosse fazer uma analogia eu seria o quê, uma planta? o.O

E falando em plantas... preciso urgentemente de um vasos de pimenta. Tantos quanto possível; e mais que nunca as famigeradas tatuagens - isso se eu não apelar e andar com pimentas na bolsa e coisas do gênero, e olha que normalmente eu não sou tão supersticiosa, mas tem horas que não tem outra explicação pra algumas coisas que acontecem, sabe? Sei lá, ando me sentindo tão sobrecarregada que deus me livre, e algo me sugere que não é só a canseira do que eu faço diariamente...
.
.
.
Ai Pollyanna, que falta tua alma me faz..!

domingo, 30 de agosto de 2009

Isso

Acontece sempre com qualquer casal.
ataca de repente.

[parecia que não ia acontecer com a gente]

Derrubou o muro e invadiu nosso quintal.
Passam-se os anos, sempre foi assim e será sempre igual.

Não adianta mesmo reclamar,
Acreditar que basta
Apenas se deixar levar

[não vá dizer que eu não avisei você]

Faça o que é certo e não tema ninguém

Isso é o que o Orkut me indica como sorte de hoje.

...

Agora já algo mais calma, analisando de longe... é, eu tive sorte. Ela já me acompanha há alguns dias, na verdade. Sorte de finalmente estar com quem quero [e no fundo deveria, há tempos] e com isso a cada dia aprender com os percalços e pedras no caminho. Porque empecilhos existem - inclusive costumam ter cheiro de tumba violada... - mas tem sua função: no caso específico de hoje, que não se joga 5 anos no lixo. A gente só corta as partes emboloradas, passa um verniz no resto e sai fazendo carão, linda e feliz.

[na verdade eu tenho medo quando fico tão calma logo após um perrengue do cão, mas dessa vez vem a sensação de maturidade e instinto de estar fazendo a coisa certa, então não me incomodem a não ser pra ficar feliz por mim]

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Partir, Andar...

Eis que chega, é essa a velha hora... tão sonhada? não sei, só sei que choro e já nem sei por quem, sei apenas que me incluo nessa conta de lágrimas petulantes, atrasadas, que deveriam ter transbordado todas de uma vez só, no fim sobre a calçada.

Nada de bilhetes sobre a mesa, o que encontro de bilhete vai pro lixo; não leio pra não pestanejar, e depois de atirar fora choro. Não ter memória fraca é uma bosta, cara; te deixa capaz de chorar olhando pr'um poste, se bobear.
.
.
.
Eu queria ter um chip, um HD de onde pudesse deletar o que não me serve mais, o que resta apenas pra espinhar e doer no escuro - porque o escuro, mais que o habitat dos medos, é o habitat de todas as dores que dilaceram alguém.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Faz tempo que eu não vejo um asfalto de longe, daquele jeito que parece molhado, quando o calor irradiante deixa tudo meio trêmulo como eu tremendo agora. e eu preciso de uma cor que combine com meu castanho médio [azul-nayana?], esse meu castanho da vida toda. Porque eu preciso mudar, urgente - mas não totalmente.

E é muito triste que eu tenha precisado perder um pedaço pra reencontrar minha veia letrada; muito, muito triste.
.
.
.
Viram? eu sempre disse que a dor me inspira.
A casa espaçosa, os passarinhos cantando naquele bairro tranquilo. A tia que eu nunca havia conhecido mas simpatizei tanto e senti como uma saudade, eu quis tanto ter participado daquela vida que só ouvi falar, eu queria poder reconhecer os rostos nas fotografias amareladas na estante, a mobília toda tão bem cuidada, as flores, as imagens de santos.
.
.
.
porque agora eu vou ser assim, mais espontânea, ainda que isso implique soar incompleta.

domingo, 12 de julho de 2009

"Sim, é difícil pra cacete ver aqueles sonhos gigantes brincando de voar pelo quintal."

Isso é uma frase da Gabriela Kimura, mas que li no blog Contos Proibidos. Como todo texto da Gabriela, dói. Como dói. Mas ver os sonhos gigantes voando pelo quintal dói ainda mais.

Fins sempre me comoveram, meus ou de outros. Ainda que, de uma certa forma, eu tire pouco proveito disso pra criar alguma coisa pouco aproveitável; como já escrevi num texto não publicado, não tenho culpa se a dor me inspira. Mas depois de enfrentar uma noite de domingo tão gelada e chorar no escuro quem sabe até eu termine várias coisas começadas.

e eu não sei em que hora dizer, me dá um medo... medo da saudade, medo da solidão. Porque o blues vem do nada, me prensa na parede branca e mancha ela com minhas lágrimas incolores, sem dar a menor importância pr'as datas festivas em volta de nós.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sim, mudanças

Sim, cara nova. Vai ver é porque acordei bem, ou só porque o professor de IDOC mandou construir uma página e eu, por preguiça de digitar tantos comandos, resolvi brincar onde fazem isso por mim com poucos cliques. Sim, eu sou esquiva.

Mas foi divertido, especialmente reencontrar o Snoopy que havia se perdido na primeira mudança. Foi como voltar pra casa antiga no mesmo caminhão, e encontrar lá no fundo do baú [do veículo] aquele ursinho que ficou pra trás um dia. Legal também foi inserir links que não existiam aqui antes do modelo exclusivo - na busca pelos links pude relembrar como é bom, tanto quanto ouvir, ler o Thedy [agora que criei vergonha na cara e linkei o blog novo dele].

Sim, sensação de volta de um monte de coisas. Deu vontade de (re)ler O Mundo é Pra Ser Voado. Muita vontade. Mas ainda falta muito livro, muito texto, muita cor pra colocar aqui. Outro dia, quem sabe.

Aliás, em breve, mais mudanças... se o bem estar se for, no mínimo, que por enquanto tá tudo muito bom assim. Diz que é culpa do universo... sei não.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Atenção: tudo é perigoso

Quantos anos você tem?

Eu tenho 20 e meio, mas com corpinho de 25 e cansaço de 34. Por 15 acreditei nas pessoas e nos 5 seguintes apenas esperei, ignorando a incômoda e quase imperceptível sensação de que algo errado nunca esteve muito certo.

Hoje me resta essa sensação de 'mulher-caixa', como diria Thedy. Pode ser que seja "só" saco cheio e carência, mas o que sei é que não preciso de ninguém pra me dizer 'eu avisei que não ia funcionar', eu já sabia que não daria, pombas! eu queria só alguém pra me dar um colo e dizer 'prooonto, já passou, já passou...'; Alguém pra me felicitar pelo tanto que aprendi em tão pouco tempo, sobre tanta coisa útil pra vida toda, como por exemplo a existência (ou não) de amor em uma pessoa.

Quem ama apóia ('apóia' ainda tem acento?). Quem ama considera, acha lindo qualquer coisa que o outro faça, seja uma descoberta científica revolucionária ou ganhar um jogo de pingue pongue; Quem ama não esquece de ligar porque chegou em casa bêbedo as 4 da manhã, nem se contradiz 17 vezes no espaço temporal de duas semanas. Isso nem paixão é, que dirá amor.

Bem como diz a Vange...
é preciso estar atento e forte. Reconhecer o que vale a pena, combater o perigo disfarçado e seguir. Enterrar fundo, bater a pá e seguir, cara de paisagem e desgosto diluído num drink qualquer.

Drink doce, que a vida já é amarga demais.