quarta-feira, 29 de julho de 2009

Partir, Andar...

Eis que chega, é essa a velha hora... tão sonhada? não sei, só sei que choro e já nem sei por quem, sei apenas que me incluo nessa conta de lágrimas petulantes, atrasadas, que deveriam ter transbordado todas de uma vez só, no fim sobre a calçada.

Nada de bilhetes sobre a mesa, o que encontro de bilhete vai pro lixo; não leio pra não pestanejar, e depois de atirar fora choro. Não ter memória fraca é uma bosta, cara; te deixa capaz de chorar olhando pr'um poste, se bobear.
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Eu queria ter um chip, um HD de onde pudesse deletar o que não me serve mais, o que resta apenas pra espinhar e doer no escuro - porque o escuro, mais que o habitat dos medos, é o habitat de todas as dores que dilaceram alguém.

2 comentários:

Karol disse...

Querida, a gente só aprende com a dor. No Jogo do Anjo (do Zafon), a bibliotecária diz para o Martín que o coração só se parte de verdade uma vez e o resto é só arranhão.

Arobed Omissirev disse...

"pedroooooo devolve meu chip!!!"

[desculpa, não resisti]

como é aquela história de "não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para pra que vocÊ o conserte"??