sexta-feira, 16 de julho de 2010

Retornando às raízes

Não as minhas, só as desse blog mesmo. Que poderia ser o mais atualizado de todos, mas justamente pelo meu perfeccionismo é que vai ficando de lado.
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Breve revisão nos arquivos aqui, e constatei que as influências maiores no meu modo de escrever são o que tenho lido menos acho que de um ano pra cá, ou mais. Me orgulho e me envergonho: ampliei meu horizonte de leitura, mas às vezes parece até infidelidade com quem me proporcionou tanta satisfação. Enfim. Hoje a maior dificuldade é manter dois blogs parecidíssimos, mas aos quais eu tento ao máximo dar teores diferentes. Dá pra sacar que um é mais sobre meu dia a dia, assim corriqueiro, e esse eu tento desenvolver mais as ideias que os fatos? bem, se ninguém notou, ficou a dica...

E hoje, a caminho da última prova do semestre, eu percebi com clareza do que sentia falta de escrever: era disso, de desenvolver a ideia, seja qual for, ideia não me falta nunca. Mas tá, se tem tanta ideia, por que escreve tão pouco? o problema tá explicado ali no início: perfeccionismo demais, auto-cobrança desnecessária. E sabe como começou o processo de libertação dessas amarras auto-impostas? [olha eu cheia das composições, ui]. Foi uma coisa que o amigo Belli me disse ontem, quando me visitava em honra do dia mundial do rock [também conhecido como meu aniversário, p'ros mais íntimos].

Não lembro o contexto exato, mas ursinho colocou algo muito certo: você está sempre no meio. Hein? é, no meio. Nem acima, nem abaixo. No meio. E isso foi uma faísca que disparou - posterior e - descontroladamente múltiplos pensamentos em mim; vou só pontuar pra depois desenvolver: oscilação de humildade, pensamentos de Tyler Durden [e clube da luta como um todo] e suas aplicações no dia a dia dos mortais. Ao desenvolvimento, então.

Oscilação de humildade: meu nível de humildade relativa no ar tem variado bastante ultimamente, indo do 0,3% a 102% no mesmo dia. Porque tem momentos que exigem de mim um auto-convencimento, é impossível não me achar sensacional. O caso é: da mesma forma que tem gente muito pior que eu, tem também uma cacetada de gente muito melhor. E aí chegamos a conclusão do meu amiguinho: meio. Você está sempre no meio.

E disso você pode escolher duas sensações: a depressão, se pensar 'poxa, então não sou nada relevante?', ou uma semi-porém-confortável liberdade misturada com incentivo: porque disso pode-se pensar também 'tá, então tem coisas que se eu quiser fazer [desde que não agridam ninguém], eu posso fazer. E se eu quiser ser relevante, não vai ser fácil, mas se eu me esforçar, eu consigo fazer a diferença'. Ok, muito Poliana isso, mas diz aí se não tem fundamento.

E o Tyler? ah, é aquela coisa de 'você não é o seu carro, você não é sua mobília francesa, deus não te ama  e no fim é só você contra você mesmo'. Ok, nem todas as frases são dele, mas o crucial é que todos esses conceitos abstratos se misturam na minha mente e, de uma forma positiva, me libertam dos freios que minha própria mente cria sem querer e acabam sabotando tantas das ideias geniais que me ocorrem...

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