quarta-feira, 30 de maio de 2007

Questão de temperatura

Ai como eu odeio gente morna. Me dão calafrios esses tipinhos cinza, pra quem tudo tanto fez como tanto faz. Não se afetam por nada, seja bom ou ruim o que lhes aconteça. Não tem postura, iniciativa nem atitude. Por vezes falta até “presença”, aí não há quem agüente. Eu não agüento, pelo menos. Tem coisa mais desconfortável que passar uma hora que seja com alguém monossilábico, de olhar perdido e que sequer finge interesse no teu papo?

Talvez pela natureza tempestuosa que tenho, eu não consiga me conformar com esse marasmo que se apodera de alguns seres, e por isso também minha luta incessante pra que eu não seja “contaminada”. Não falo aqui daqueles dias que a gente acorda funcionando em meia fase, que isso todo mundo tem, mas existem pessoas que são assim 24/7. Um dia baixou um negócio nelas e agora não há pai ou mãe de santo que cante pra isso subir.

Não sei se dá pra dizer que não têm calor humano -que, aliás, é uma expressão boba que eu nunca defini direito. Não são pedras de gelo, porque gente fria também desperta algo, ainda que repulsa ou indiferença. Mas quando a cara da criatura é a mesma chorando ou rindo, com cólica ou no meio de uma festa, não há alma que suporte.

2 comentários:

Bill disse...

brilhante

Anônimo disse...

é igual a banho morno, no verao é quente e no inverno é frio.