terça-feira, 29 de abril de 2008

Eu sozinha, no silêncio da sala vazia depois da meia noite, eu já nem pensava tanto, mais lembrava que pensava, uma lembrança temperada com pitadas de raiva, mágoa, rancor, ódio, não sei direito. Eu só tinha medo de que virasse indiferença, que também não era preciso tanto. E indiferença doeria até em mim - ou mais em mim, ou ainda pior: só em mim. Ou talvez eu nem saberia se dói. Será que dói? Adoraria saber.

No fim das contas, dane-se o sono, o frio, os horários a cumprir. Eu queria só saber o quanto doía nele, se é que doía, ainda que a essa altura eu já nem soubesse mais o que poderia ser, tanto a dor quanto o que cada um sentia. Eu queria saber tanta coisa mais.

4 comentários:

Anônimo disse...

"Será que dói? Adoraria saber."
desculpa, mas é que tem um cara chamado Hamlet que explica muito bem o porque não saímos do : adoraria saber...
(creio que entendes, não é?)
mas sinceramente... este passa aos meus preferidos...

Karol disse...

Vinho branco pra ajudar na rima?

Anônimo disse...

Talvez doa nele tambem.

Onde vive a dúvida ?
mas talvez a respósta viva no monte de uma igreja...

(para cada dúvida, sempre há uma resposta)

Anônimo disse...

Não dói nele não.
Pq se há de fato uma saída, pq não é usada?
Talvez, na verdade, tb nem doa em vc.