quinta-feira, 29 de abril de 2010

Hoje eu entendi a expressão

'sentir o peito em chamas'  -  porque a certeza de que ela olharia queimou mais que o próprio olhar, mesmo que eu ainda não saiba o que há naqueles olhos negros.
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E não me venha falar de medo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Eu não devia nem sentir,

imagina então falar que eu não queria que ele partisse as sete da manhã de volta pr'aquela cidade enorme e longe.
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Mas é, eu não queria.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Só não tô com raiva de ser inteligente

porque seria ingratidão e não quero ser punida por mais isso. Mas é enorme a raiva de todo o resto: raiva de ser canceriana, das pessoas que fazem cara de 'aham cláudia senta lá' pra quase qualquer coisa que eu diga e de não saber sair de casa sem brincos; da chuva, do frio, do sebo que não tem Martha Medeiros nem Cláudia Tajes, da praça da bandeira e sua respectiva fulerage.
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raiva da cidade toda, de tudo que eu sinto e do silêncio dele.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Então que no sonho eu tinha todo o ‘discurso’ muito bem pensado e nesse outro plano nem parecia tão absurdo procurá-lo pra dizer tudo que eu precisava, era como se ele esperasse o momento em que eu diria algo. 

Talvez eu tenha sonhado isso porque antes de dormir rezei pedindo inspiração pra terminar uma história que empacou; ou quem sabe porque ontem, no caminho pra casa, gastei um bom tempo pensando nesse silencio ao mesmo tempo bruto e etéreo que me acompanha onde quer que eu vá.

Fala alguma coisa, qualquer coisa, que mesmo o que eu mais temo ouvir já é melhor que esse silêncio ao mesmo tempo bruto e-

E o que me deixa mais maluca é saber que não fazer nada já é fazer alguma coisa, bem como calar é só outra maneira de dizer... Seja lá o que for que ele me diria, não faço a menor idéia do que ele pensa porque silêncio cego não tem cara de raiva ou medo p’ra gente interpretar – é só um raio muito forte de sol batendo na página branca do livro, te impedindo de ler o que tá escrito ali.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

um pouco de choro, um pouco de maldade
um pouco de frustração e um pouco de liberdade
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um pouco de paz, mas muito de saudade

segunda-feira, 5 de abril de 2010