sexta-feira, 19 de março de 2010

Apnéia parte 2

I don't know how longer I can silently watch his everyday complains about someone who doesn't seem to give a damn about his feelings while I'm just here patiently waiting for him to notice mine.
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And all this fail comunication just because I've been surprisingly stupid in the last six years, so damn stupid I can't explain ou even mesure it. I was just a silly kid, a starter teenager in this so confusing thing people call... I don't intend the bravery to call love this unbeliveably strong will to just be ou have him around, but for what else reason would I be so certain 'bout what I want and the fear to maybe reach it? 'Cause in the more-than-rare moments I dare wondering 'bout us down deep I'm so so so so afraid of finally get it and screw it like I've done before but if somehow I could be damn sure 'bout what's in his mind then I would leave it all behind or just try it one very last time.


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Apnéia parte 2 [traduzido]

sábado, 13 de março de 2010

É só uma questão de hábito até não doer mais

Os músculos. A cabeça. O coração. É tudo uma questão de hábito, de aprender a conviver com as dores até que estas sejam postas de lado em detrimento a urgências maiores, porque o mundo não para até consertarmos o que quer que tenha se quebrado pelo caminho, não é isso que me dizem vezenquando?

Porque ontem eu fui dormir imaginando como seria se fosse eu usando uma blusa vermelha em vez de ter cochilado em plena praça de alimentação.
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[E enquanto ninguém me proíbe de andar nos ônibus  e nos shoppings dessa cidade, eu vou curtir o temporal embaixo das cobertas. Boa noite].

terça-feira, 9 de março de 2010

Pai, um menino quer me namorar

Mas ele não entende, pai, que namorar comigo é conviver com uma ferida que não fecha, um relógio que não rende e uma cabeça que não desliga. Nunca. E ele mora do outro lado da cidade e fala em me namorar, sem me ouvir quando digo que a nossa cidade não favorece amores à distância. Espera, eu disse amores? Nah, esquece. Ninguém falou em amores, só em namoro.

Ah, tem também aquele outro, dizendo de um tudo pra me levar pra cama. E olha que eu ia, pai, ia fácil. Mais aí meu cérebro lembra que não existe sexo intelectual, porque a inteligência é de longe o que mais me desatina nele, e então eu fujo, porque do cérebro pra fora eu sou uma menininha boba, cheia de sexismos e não-me-toques.

E fujo desse como do outro que não faz nada, mas se eu quisesse, eu sei que faria. Só quem não faria sou eu, que não consigo tirar a roupa pra alguém que tem tesão com z e não entenderia quando, numa briga, eu o xingasse em mais de três idiomas.

Eu guardo uma confissão dentro de mim, pai, que eu jamais faria a ninguém, nem a você, nem à mamãe – não por não querer, mas vocês simplesmente não entenderiam. Mas eu conheço alguém que entende. 

Ele mora aqui pertinho; ele fala inglês melhor que eu, e me desmancha quando arranha um francês me chamando de chérie. Ele é lindo, bom caráter e muito inteligente; ele tem todas as qualidades que os outros não tem, e defeito só tem um: pai, ele não me quer.